Fauno é uma deidade romana dos campos, bosques, pastores e da profecia.
Sua aparência lembra, em alguns aspectos, o Pã grego, com seus curtos chifres, orelhas pontudas e pés com cascos. Antigas descrições dizem que Fauno possui as pernas e a cauda de um gamo e o corpo de pele suave, os braços e a face de um belo jovem. A ele atribui-se a invenção da charamela, uma espécie de flauta.
Seus seguidores, os faunos, são belos jovens com pequenos chifres e orelhas pontudas, mas não necessariamente seus pés têm cascos.
Ao contrário de Pã e seus seguidores, Fauno e seus faunos são criaturas gentis que apreciam dançar com as ninfas dos bosques. Não são ameaça às mulheres humanas. Fauno toca gaita e enche os bosques e campinas com sua música envolvente.
É neto de Saturno e outro de seus nomes é Lupercos.
É honrado na celebração da Lupercália, em 14 e 15 de fevereiro, durante a qual seus sacerdotes executam os ritos nus, representando a muito antiga força primitiva necessária para fertilizar e equilibrar a Grande Deusa.
Nós humanos devemos honrar os poderes de Pã/Fauno na Terra e dentro de nós mesmos, ao invés de aceitar a vergonha geralmente associada a esses poderes. Sempre há um propósito por trás das ações de Fauno, ele não cede a conquistas sexuais descontroladas apenas para ver quantas parceiras pode ter. Ele não desperdiça seus poderes, mas os usa com sabedoria e visando a bons resultados.
Ao mesmo tempo, Fauno conhece os prazeres a serem experimentados na vida, não apenas através do sexo, mas também da música. Ele expressa esse prazer quando alguém preparado penetra seus domíninos mais interiores buscando por iniciação espiritual.
Há, entretanto, outro lado de Fauno, assim como Pã... Ele pode incutir terríveis e obscuras emoções de pânico irracional nos humanos e animais que invadam suas áreas especiais sem seu consentimento. Ele normalmente assume este aspecto quando tentam penetrar nos domínios do Outro Mundo sem preparação. O medo e o pânico sentidos pela pessoa faz com que se retire imediatamente, protegendo aqueles que não compreendem as experiências místicas ou delas se beneficiem, ou que busquem tais experiências pelas razões erradas.

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