O nativo americano possuía o dom da intuição, da razão, do livre arbítrio e da vontade, capacidades que fizeram dele um observador da natureza, e desta o guia e mestre do povo.
Adquirindo experiência a respeito do meio em que vivia, acabou por entender que ele próprio era parte dessa natureza e que todas as coisas possuiam alma porque tinham forma.
Os maias definiram a alma como algo material e não confundiam alma com espírito. Consideravam o espírito como energia solar e a alma como uma forma de manifestação do espírito.
A religião dos maias, portanto, baseou-se em todos os segredos que, por milhares de séculos, foram coletados da Mãe-natureza, deste plano terrestre em união com as leis cósmicas. Com este material, os iniciados maias formularam sua Religião-Ciência.
O povo maia possuía uma grande religiosidade, apresentando um complexo e dominador panteão, com indivíduos de atividades essencialmente agrárias.
A religião dos maias, portanto, baseou-se em todos os segredos que, por milhares de séculos, foram coletados da Mãe-natureza, deste plano terrestre em união com as leis cósmicas. Com este material, os iniciados maias formularam sua Religião-Ciência.
O povo maia possuía uma grande religiosidade, apresentando um complexo e dominador panteão, com indivíduos de atividades essencialmente agrárias.
O estudo do panteão maia nos permite deduzir algumas generalidades básicas.
No princípio os maias cultuvam divindades da chuva e da terra, ligadas às atividades da agricultura e apresentavam caracteres ofídicos, isto é, possuíam traços de serpentes e crocodilos, mesclados com humanos. Com caráter dubio, podiam ter um aspecto positivo e outro negativo - a chuva que fazia crescer as plantas, também podia afogá-las por excesso - e essa dualidade se identificava com um casal divino ou manifestava-se em perfis contraditórios de uma mesma divindade. Podiam passar da juventude à velhice ou ainda trocar de sexo.
Em seguida, o culto passou a ter caráter de "quadruplicidade": Vários deuses que tinham sua personalidade partida em quatro indivíduos, cada um correspondendo a um ponto cardeal. Era freqüente também o esquema que associava essas divindades a "duplos", correspondendo aos quatro pontos cardeais.
O panteão dividia-se em 3 grandes famílias: celeste, terrestre e subterrânea. Para o céu existiam 13 divindades maiores, 7 para a terra e 9 para o mundo subterrâneo.
Diferentes dos mexicanos, não prestavam culto ao deus do fogo.
Extremamente fascinados pela passagem do tempo e seu ritmo cíclico, deidificaram todas as divisões do tempo, dos dias, dos meses de 20 dias, dos anos e dos séculos de 52 anos.
Prestavam culto às estrelas, erguidas em datas regulares, bem como os números, que lhes permitiam efetuar esses prodigiosos cálculos.
Estranhamente, seu grande deus, Hanab Ku, criador do mundo e pai de todas as divindades, ocupava um lugar medíocre no panteão maia.
Entre as divindades celestes, o Sol (Kinich Ahau, deus solar) e a Lua (Ixchel) detinham um lugar preponderante e todas as lendas estavam associadas a este casal. Antes de serem transferidos para o céu, os dois viviam como cônjuges sobre a terra, onde a madame Lua não era uma esposa fiel. No decurso de uma discussão o seu marido Sol lhe retirou um pouco de seu brilho.
As artes da música, da cerâmica e da caça foram colocados sob a proteção do Sol, enquanto que a gravidez, o parto, as colheitas e a tecelagem eram da alçada da Lua.
Durante os séculos XI -XII, preponderou o culto da Serpente Emplumada, Quetzalcoalt, um personagem histórico, chefe religioso e grande guerreiro.
DIVINDADES CELESTES
Para os maias o Céu composto por 13 Céus acima da terra, um sobre o outro, chamados de "oxlahuntikú" e 9 abaixo da Terra, os quais eram presididos pelos "bolontikú". O último dos Céus era o "Mitnal", o inferno, reino de Ah Puch, Senhor da Morte.
Quatro gênios protetores, os Bacabs, sustentavam os Céus: o do LESTE era rubro, o do NORTE era branco, o do OESTE era negro (noite) e o SUL era amarelo. Eles tinham a missão de cortar o vento com lâminas de obsidiana.
Um Deus celeste era Itzamna, espécie de crocodilo ou lagarto (itzam significa lagarto em iucateque), tinha duas cabeças com testas em ponta, simbolizando a abóbada celeste. Uma das cabeças desse dragão celeste era viva e representava o nascimento dos astros; a segunda tinha a aparência da morte, representando o oeste onde desaparecem as estrelas e o Sol. Ele era representado também sob os traços de um velho magro, às vezes barbudo com um único dente de tubarão apontando de seu maxilar superior. Às vezes, sua cabeça singular brotava da goela do dragão celeste. Este jacaré obsedava os Maias, pois eles imaginavam que a terra era um disco circular pousado sobre um crocodilo -ou quatro, segundo outras versões, um para cada ponto cardeal - flutuando sobre as águas subterrâneas, as quais, por sua vez, comportavam 9 diferentes mundos subterrâneos, empilhados, cada um dominado por um terrível e aterrorizante Senhor da Noite.
Quatro gênios protetores, os Bacabs, sustentavam os Céus: o do LESTE era rubro, o do NORTE era branco, o do OESTE era negro (noite) e o SUL era amarelo. Eles tinham a missão de cortar o vento com lâminas de obsidiana.
Um Deus celeste era Itzamna, espécie de crocodilo ou lagarto (itzam significa lagarto em iucateque), tinha duas cabeças com testas em ponta, simbolizando a abóbada celeste. Uma das cabeças desse dragão celeste era viva e representava o nascimento dos astros; a segunda tinha a aparência da morte, representando o oeste onde desaparecem as estrelas e o Sol. Ele era representado também sob os traços de um velho magro, às vezes barbudo com um único dente de tubarão apontando de seu maxilar superior. Às vezes, sua cabeça singular brotava da goela do dragão celeste. Este jacaré obsedava os Maias, pois eles imaginavam que a terra era um disco circular pousado sobre um crocodilo -ou quatro, segundo outras versões, um para cada ponto cardeal - flutuando sobre as águas subterrâneas, as quais, por sua vez, comportavam 9 diferentes mundos subterrâneos, empilhados, cada um dominado por um terrível e aterrorizante Senhor da Noite.
Itzamna, como a maioria dos deuses se "desquadruplicava" em 4 personalidades, os Chaacs, deuses da chuva e da vegetação. Com um Chaac para pala ponto cardeal, esses deuses eram conhecidos por seus narizes em forma de trompa, dois caninos pontiagudos e traços ofídicos, associados a serprentes. Deuses da chuva, do vento, da vegetação, da fertilidade e da agricultura, eram representados emborcando ou entordando jarras cheias de água sobre o solo.
Entre os 13 deuses celestes estava ainda o planeta ,cuja importância foi menor apenas nos espíritos.
Xaman Ek, o deus da Estrela Polar, de rosto simiesco, achatado e negro, era o padroeiro e protetor dos mercadores, que lhe faziam oferendas em pequenos oratórios postos à beira das estradas.
DIVINDADES TERRESTRES
Os maias divinizaram os grãos e produtos fornecidos pela terra, quiça pela importância dos mesmos para a sobrevivência do grupo.
Acreditando ter nascido do milho, idolatravam o deus milho, que ocupava um lugar de destaque no panteão e no coração dos camponeses. Era o único deus com formas humanas, juvenis e amáveis. Se apresentava com os traços de um jovem, de cabelos longos, sugerindo as barbas da espiga do milho. Com uma cabeça que servia também como símbolo do algarismo 8, era chamado de Yum, Kax, o "Senhor dos Bosques" e revestia-se de todos os caracteres de uma divindade agrária. Deus da prosperidade e da abundância, o deus do milho também era associado a símbolos da morte, pois os maias entendiam que para germinar o grão precisava ficar enterrado, como um cadáver, de modo que para a vida, se fazia indispensável a morte.
Acreditando ter nascido do milho, idolatravam o deus milho, que ocupava um lugar de destaque no panteão e no coração dos camponeses. Era o único deus com formas humanas, juvenis e amáveis. Se apresentava com os traços de um jovem, de cabelos longos, sugerindo as barbas da espiga do milho. Com uma cabeça que servia também como símbolo do algarismo 8, era chamado de Yum, Kax, o "Senhor dos Bosques" e revestia-se de todos os caracteres de uma divindade agrária. Deus da prosperidade e da abundância, o deus do milho também era associado a símbolos da morte, pois os maias entendiam que para germinar o grão precisava ficar enterrado, como um cadáver, de modo que para a vida, se fazia indispensável a morte.
Os feijões tiveram igualmente seus deuses, mas muito menos apreciados do que os do trigo.
Os deuses telúricos residiam no cume das montanhas, nas confluências dos rios, nas fontes ou nas grutas.
O deus jaguar participava de dois universos: sob seu aspecto visível e externo, ele encarnava as forças do solo; sob seu aspecto oculto, enterrado em seu covil, encarnava as forças do subsolo.
DIVINDADES SUBTERRÂNEAS
DIVINDADES SUBTERRÂNEAS
Os mundos subterrâneos eram o domínio da morte e do além.
Nove Deuses chamados de Seres da Noite, ou Bolontiku, presidiam aos diversos mundos subterrâneos superpostos - foram encontrados seus glifos, impossíveis de traduzir.
Nove Deuses chamados de Seres da Noite, ou Bolontiku, presidiam aos diversos mundos subterrâneos superpostos - foram encontrados seus glifos, impossíveis de traduzir.
Sob a forma de um esqueleto enfeitado de Guizos, Ah Puch era o deus da morte e, talvez, Ek Chuah, o deus da guerra e dos sacrifícios, não passava de uma segunda forma do deus da morte. Era fácil reconhecê-lo, pois possuia uma silhueta magra, lábios grossos e caídos e, às vezes, a cauda de um escorpião. Apreciado pelos viajantes e vendedores ambulantes, costumeiramente era visto também levando um fardo nas costas. Sua personalidade era dualista e ambivalente.
No rol dos deuses da morte e dos mundos infernais, IXTAB era representada como suspença aos céus por uma corda atada no pescoço, sendo associada, então, aos suicidas.
No rol dos deuses da morte e dos mundos infernais, IXTAB era representada como suspença aos céus por uma corda atada no pescoço, sendo associada, então, aos suicidas.
Segundo o pensamento maia, a morte, as enfermidades não tinham um caráter acidental, mas eram o justo castigo de erros passados, enviados pelos deuses irados.
Suicidas, sacrificados, soldados mortos em combate e mulheres mortas de parto, tinham direito a ingressar direto no paraíso maia, lugar idílico, um éden plantado de "ceibas", as árvores sagradas. Os condenados quando morriam iam para o "Mitnal", o mundo inferior onde imperava um frio insuportável.
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